O problema de estarmos indecisos sobre que caminho académico seguir é que qualquer nova ideia nos suscita interesse. O que eu quero dizer com isto é que temos tendência a angariar (okay angariar não, que me estão a chatear para mudar - reunir) opções, planos, if you will.
É a Psicologia Forense e Criminal, o primeiro e grande amor mas que implica dinheiro e habitação deslocada. É a Psicologia Cognitivo-Comportamental, que até existe na faculdade mas implica matérias às quais não sou excelente (nem boa, nem razoável). É Neuro-ciência, com as suas máquinas todas XPTO e teorias difíceis de contrariar. É Psicologia do Consumidor, que vem da Social. É muita psicologia e pouca "eu".
A mais recente ideia prende-se com suicídios - passo a explicar. Em Psicopatologia, temos aulas práticas que envolvem assistirmos a consultas psiquiátricas ou então a filmes. Pois bem, assistimos a um filme sobre um rapaz bipolar que se suicidou e aquilo tocou-me profundamente. «Porquê?», pergunta alguém. Porque conheci pessoas que já tentaram acabar com a sua vida, ou que consideram que são inúteis.
Vamos lá a perceber: por muito bruta que eu seja, não brinco com vida humana. A não ser que a pessoa seja muito mas, bolas, muito odiada por mim, eu até me retenho de fazer comentários do tipo "devia matar-se". Só faço piadas dessas quando me encontro com os meus amigos mais chegados, porque somos parvos uns para os outros. Para mim toda e qualquer pessoa merece viver a sua vidinha, melhor ou pior, conforme queira ou consiga.
Assim, pensei: epá então e trabalhar com jovens em risco? Era uma boa ideia. (Mesmo estando eu sempre a queixar-me dos jovens deste país, sim)
Basicamente, quero que eles saibam que, porra, a vida muda e a longo-prazo, suicidio não é a melhor hipotese. E quase que pareço aquelas moças irritantes dos filmes/livros que vêem a vida através de óculos cor-de-rosa, com uma felicidade que chega a roçar o enjoativo - juro que não sou assim. Simplesmente tive experiências ao longo da minha adolescência que me fizeram ver a vida de forma optimista.
Basicamente, quero que eles saibam que, porra, a vida muda e a longo-prazo, suicidio não é a melhor hipotese. E quase que pareço aquelas moças irritantes dos filmes/livros que vêem a vida através de óculos cor-de-rosa, com uma felicidade que chega a roçar o enjoativo - juro que não sou assim. Simplesmente tive experiências ao longo da minha adolescência que me fizeram ver a vida de forma optimista.